quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Se pensavam que o azar tinha acabado - leiam esta

A ideia era a seguinte: Sair da Guatemala as 5h da manha, e chegar a Placencia (Belize), por volta da 1h da tarde, trocando uma vez de autocarro.
O que aconteceu: sa'i da Guatemala as 5h da manha, e cheguei a Placencia as 8h da noite.

Leiam a historia:

Acordo 'as 4h da manha, tomo o pequeno almoco e entro no autocarro, que era suposto ser rapido. O autocarro comeca a andar rapido, mas 30 minutos mais tarde, comeca a andar apenas a 50km/h. Estava avariado, juntamente com o motorista, que trazia com ele uma gastrite e gemia de dor. O motorista safou-se, porque foi sendo medicado a viagem toda, por duas senhoras mexicanas carregadas de mezinhas. O autocarro, por seu turno, continuou a 50km/h.
Asfalto fora, comeca a chover torrencialmente, e a estrada deixa de estar asfaltada ate 'a fronteira. L'a vamos n'os aos saltos dentro do autocarro, ja com um atraso brutal. Entretanto o motorista l'a se ia pondo melhor...

Cheg/amos a fronteira, e iam 2 israelitas dentro do autocarro. Foi o stress para passarem a fronteira. Foram metidos numa sala, interrogados, e obrigados a irem 'a localidade mais pr'oxima para tirarem fotografias. Enquanto os israelitas andavam nisto, chegou um mecanico, que pos o autocarro a funcionar novamente. L'a avanc'amos. Entretanto, o motorista j'a estava bom.

Pedi ao motorista que me deixasse no terminal de autocarros de Belmopan (capital do Belize). Aparentemente, os acordos entre os paises impediam-no de o fazer, portanto, largou-me num cruzamento 'as portas da cidade. A'i, apareceu um taxi vindo nao sei de onde que literalmente me atirou la para dentro, e me levou ao terminal. Isto foi uma sorte, porque a unica gente que havia naquele cruzamento eram amish (menoritas) com carrocas.

Chegada ao terminal, s'o havia chicken buses para Placencia, e nao h'a a minima indicacao de nada, pelo que, temos que nos meter nos autocarros e indagar junto do motorista. Avancei para dentro de um chicken bus. O unico lugar vazio era ao lado de um black, que ia de pernas abertas e nao as quis fechar, pelo que, apena uma das minhas nadegas ia sentada. O black comia, com as maos, uma mixordia carregada de molhanga amarela. Ora encharcava os dedos na mixordia, ora os metia a boca, chupando com voracidade, escorregando-lhe a molhanga pelo queixo abaixo. Quando acaba de comer, nao tinha guardanapos, mas nao se fez rogado, e limpou as imundas maos ao banco da frente. Eu, vendo que as maos ainda estavam carregadas de trampa amarela, e com medo que ele se limpasse a mim, ofereci-lhe um guardanapo de papel, que ele agradeceu, mas que nao fez com que a minha nadega esquerda se sentasse.



Andei 1h neste inferno de autocarro (com imensa gente de pe), ate que paramos num cruzamento, e me atiram (com mais duas miudas) para fora do autocarro, com a indicacao de que um outro, que estava parado no cruzamento, seria mais rapido. L'a me mudo para o outro, para mais uma jornada, que me levaria directamente a Placencia.

Neste novo autocarro, nao and'amos mais de 10 minutos, porque passado 10 minutos, a estrada acaba num rio. Tinha chovido imenso na noite anterior e o rio tinha levado a ponte consigo, e a unica ponte alternative tambem estava coberta pelo rio.

Mandam-nos outra vez para fora do autocarro, e desta vez entramos, uns em canoas, outros em barcacas, para atravessar o rio.


Ap'os atravessado o rio estavam 2 autocarros parados. Entr'amos no cheio, que passava por Placencia, onde arranjamos lugar sentadas, mas onde ia imensa gente de p'e. Depois, comecam a mandar a turistada sair para o outro autocarro, porque seria mais rapido. Assim fizemos. Eram 2h da tarde. Fomos enganados. O autocarro para o qual nos mudamos partia penas 'as 5h da tarde, sendo que acabou por partir "as 6h da tarde. Portanto, esturramos ao sol e ao calor durante 4h. Obviamente, durante a espera, tive vontade de fazer xixi, e pedi a uma senhora se podia utilizar a sua cabana. Ela, muito simpatica, la me levou 'a sua casa de banho. A casa de banho era um barraco, afastado da casa. Quando abro a porta do barraco, saiu-me uma autentica cagadeira das antigas, feita de madeira e com um buraco no meio para me sentar. Obviamente, espritei para o buraco, para ver todo um amontoado de trampa e afins, com larvas a fazerem um festim e mosquedo sem fim....mas ok...l'a me aliviei como pude.

Finalmente, sa'imos 'as 6h da tarde e chegamos a Placencia de noite...e eu sem um sitio para dormir....